quarta-feira, 31 de julho de 2013

Minha Santidade já Faleceu nas Poesias

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Minha santidade é longe de sua fé
pois, ouço os gritos desesperados de mim
em um corpo, carapaça dos distúrbios
longe das equações mais complexas.

Minha santidade é a voz carrancuda do pecado
gritando o esmero dos versos contidos
e perto da morte eu rio na cara do inferno
e perto da vida eu sofro caótico no inverno.

Sou dores de maquiavélicos feitiços,
sou o vício da noite esquálida, sandices
dos medos, dos desejos mais profundos
e nas coisas simples eu adormeço.

Sou quase o derradeiro sentimento
mas, eu ainda rego as flores do mal
no jardins escassos e babilônicos,
nos gritos que clamam catatônicos.

Minha santidade ao dizer já é pecado
e as custas do inverso os meus retalhos
costurados nas linhas negras do capeta
enquanto eu choro pelas muralhas do planeta.

Minha santidade é só resquício de mim
pois, morro e vivo dilacerado e enfim;
e as misérias de Deus correm na surdina
enquanto as cordas enforcam os inocentes.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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