domingo, 7 de julho de 2013

Dos Invernos Infernos Presentes

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Dos invernos infernos tão quentes
mas a última rosa ainda caliente
aquece meus sonhos a sós pela alcova
me prende aos anseios antes que me mova.

Dos infernos invernos tão frios
que congelam alguns sentimentos
e o que enfrenta a face é o vento
cortante, obstante pela manhã;

nascente e matutina com pássaros
na minha janela entreaberta
e meus olhares entre as cobertas
são visões de ti em nostalgia.

De um inverno o inferno solitário
e os sinos lá na torre do campanário
anunciam uma nova procissão
anunciam a aurora que vem concisa;

pois é tão áspero esse devaneio
de ter-te aqui, mas é insanidade
pois, em verdade a distância consome
no peito as paixões dos homens.

Do inferno um inverno no coração
e há dores reais entre alucinações
e há outros acordes entre as canções
e eu acordo e me despeço da noite;

e me despeço da última estrela
e me despeço dos meus desejos;
agora romperei os vizires dos versos
que se opõem a minha inspiração.

E lá bem longínquo uma esperança
e ela vem com flores e primaveras
e ela aquecerá meus jardins escassos
que cobrem as tumbas de algum amanhã.


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

Um comentário:

  1. Caro Jonas
    Um poema cheio de trocadilhos,que brotam de si com uma facilidade espantosa.Um belo poema de amor! Cheio de recursos estilísticos: personificações e riqueza de adjetivação.No fim,há uma esperança.Que bom!
    Obrigada pela partilha.
    Aguardo uma visita,quando puder.
    Uma boa semana.
    Um abraço da
    Beatriz

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