quarta-feira, 29 de abril de 2015

Soneto da Resenha de uma Vida de Resiliência



Da vida uma resenha de apriorismos
grafada em letras doiras e aforismos
sobre o cerne e a visão do esoterismo
e a alma d’algum livro de misticismo.

Da vida meu prefácio de resiliência
feito a dor que é companheira da existência
professora que a alma abraça com clemência
depois abnega em verso toda a indecência.

Da vida um soneto feito em contrição
amalgamando ciência com cognição,
azougando mestria com inteligência;

consubstanciando amor com armistício,
enlevação do pensamento à sapiência
conclusão da síntese do sacrifício.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

terça-feira, 28 de abril de 2015

Entre as Carcaças dos Poetas Mortos



Entre os vermes de olhares esquálidos
minha carcaça agora é somente morte,
os carrosséis são de animais estáticos
mas, o carrossel da vida gira até o fim.

Os vermes fartaram-se dos poetas mortos
suas carcaças já são apenas seus cabelos
eternos como os versos de tempos de outrora
que deixaram rabiscados na gaveta da escrivaninha.

A morte rondou pelas casas do zodíaco,
a  terra que engoliu a carne tornou-se inóspita,
há mortos que sobrevivem hipocondríacos
em becos ou em catacumbas de rutilâncias.

Meus horrores são faces de uma moeda
nos olhos petrificados d’algum defunto,
da vida só quero um pouco, eu quero muito;
quero o verso fúnebre liso na campa, no submundo.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

Às Luzes Poéticas



Transubstanciei a essência do verbo
ele então fez-se cor e poesia
e os pensamentos eram raros olores
a adentrarem pelas narinas do tempo

e, o tempo então fez-se ameno,
minutos alvos de horas imaculadas
e foram todos os poetas às luzes
que resplandeciam no beijo do ocaso.

Metamorfoseei as sementes em flores
então fizeram-se miosótis e lisiantos,
então fizeram-se gerânios e margaridas,
então fui o jardineiro de estrelas mortas

e, o céu intumesceu ao negror noturno,
cometas riscaram todos os firmamentos
e foram todos os poetas às luzes
que bruxuleantes atordoavam os versos.

Transmutei minh’alma em puro ouro
alquímico, conhecimentos viravoltearam
em revelações oníricas transcendentais,
então foi profundo o mergulho de introspecção

e, o sonho foi de abóbodas douradas
em salões harmônicos entre as sensações
e foram todos os poetas às luzes
de olhos vítreos que contemplavam o vazio.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

Sobre Anjos e Pássaros e Flores



Oh! Anjos amigos,
Arcanjo Gabriel
Espada de Miguel
Cura de Raphael
Asas de Jophiel
Amor de Anael
Jardim de Uriel
Sonhos de Castiel
Poder de Metatron
Caminho de Achaiah
Cadinho de Samael.

Oh! Pássaros amigos;
Gorjeio de Pardal
Cores de Uirapuru
Voo de Urubu
Mavioso Sabiá
Harmônico Curió
Beijo de Beija-Flor
Trinar de Papa-Capim
Melros do meu Jardim
Delicado Colibri
Melodia de Fim-Fim.

Oh! Flores amigas;
Amor de Açucena
Feitiço de Verbena
Alvura de Margarida
Perfume de Manacá
Mistério de Gerânio
Pólen de Lisianto
Brugmânsia de Encanto
Inverno de Hortência
Veludo de Miosótis
Primavera de Primavera.


Jonas R. Sanches
Imagem: Tomasz Alen Kopera

domingo, 26 de abril de 2015

Tempestade de Verão



Os trovões rufaram seus tambores
e o ocaso desfez-se no horizonte,
a penumbra invadiu o sol poente,
e a tempestade foi vozes de clangores;

surgiu a noite nevoenta esfumaçada
como um turíbulo a queimar os seus olores,
nos pensamentos firmamento sem estrela
como um umbral retorcido de terrores.

As lamparinas de raios bruxuleantes
eram cortantes como navalha na carne
e o cerne era o rugir de uma procela
que o artista retratou em sua tela;

foi aquarela tão reluzente ao coração
que então a chuva cessou em profusão
da alma amena, anátema natural
d’onde os poetas tiram sua inspiração.


Jonas R. Sanches
Imagem: National Geographic

sábado, 25 de abril de 2015

Aurora de um Poeta Sertanejo



Acordei junto da aurora
e a passarada sem demora
nos ramos do pé de amora
cantaram em sinfonia;

raiou o sol, raiou o dia
e eu fui nessa melodia
cantando minha alegria,
cortando o estradão;

mente avoada e o pé no chão
e o pensamento é poesia
e o dia vai se explanado
e no sentimento vislumbrando

as cores lindas do meu sertão;
esse meu pedaço de chão
onde planto minha semente
que da flor em ramalhete

multicor em tons felizes
raridades essas matizes
e os botões amanhecendo
pétalas desorvalhando;

e lá na velha goiabeira
maritaca farta em ceia,
o melro canta estridente,
sanhaço no mamoeiro;

esse é meu devaneio
que eu poeto sem rodeios,
que eu guardo ao arrebol
quando então roubar o sol.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Soneto do Ritmo Incessante do Tempo



Segue o ritmo atônito do relógio
é o ritmo crucial da ampulheta,
é o ritmo alienado da borboleta,
é o tempo demarcando seu presságio.

Segue o ritmo das fases lunares
é o crescente tornando-se pleno,
é o minguante o momento pequeno,
é a luz da noite clareando os ares.

Segue o ritmo incessante do soneto
é o ritmo poético d’alma que é poética,
é o signo da cor em branco e preto;

e a verve versejante é flor eclética
no jardim oculto a semear a mente
onde o poeta planta sua semente.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

terça-feira, 21 de abril de 2015

Fingidor



O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

Fernando Pessoa




O poeta finge que dorme
Para poder adentrar o onírico,
Vislumbres do irreal, seu elã,
Então é o verso apoteótico são.


O poeta finge o alienigenismo
E percorre galáxias e seus confins,
Supernovas explodem em versos;
Ser sideral renasce em poeticidade.


O poeta finge sua morte
Para adentrar o Tártaro,
Versejar à barca de Caronte;
O inferno é rima à inspiração.


O poeta finge ser Deus
Para gritar versos no Olimpo,
Zeus e Netuno calados ouvindo;
A canção do Cósmico é incessante.


O poeta finge o âmago da poesia,
Rouba o arrebol a si mesmo, egoisticamente;
A lua é sua cúmplice, e as estrelas
Esperam martirizarem-se ao último sol.


Jonas R. Sanches

segunda-feira, 20 de abril de 2015

À Lá Augusto dos Anjos




Na espreita na esquina
O verme faminto a olhar
De soslaio, a morte a passar;
E não faz charme, a fome é!


Verme faminto da humanidade
Degustando a velhice e a juventude,
Estomago cheio e plenitude;
Sabor do pecado da carne.


Vermes, ignomínia opulenta
Passeando pela ferida purulenta,
Fazendo o verso do fim da vida;
Ofuscamento brusco sem medida.


Meu olhar circundante aos arredores,
Vislumbramento inócuo vil
Relembrando a vida que partiu;
Relembrando Augusto dos Anjos.



Jonas R. Sanches
Imagem: Google

domingo, 19 de abril de 2015

Minha Índole – Minha Poesia



A poesia que carrega minh’alma
é poesia sincera, sou eu mesmo;
não me escondo em letras alheias,

minha índole é de poeta brasileiro,
altaneiro, minha flâmula é o verso
mesmo que você conteste, eu sou

o poeta amigo de verso ambíguo,
verdadeiro, sou amigo da genuinidade,
tênue nas linhas, linhas que são minhas,

linhas poéticas quase inofensivas
mas, às almas sensíveis são calmaria,
acalanto do pranto, ressurgir da alegria.


Jonas R. Sanches

sábado, 18 de abril de 2015

O que seria de Mim sem Você



O que seria da noite
sem seu olhar de estrelas,
o que seria da ampulheta
sem seu ósculo de areia;

e, o tempo vai-se esvaindo,
escorre a areia do tempo
e morrem estrelas no limbo,
mas, o poeta é o amor incondicional.

O que seria do mar
sem seu sal a lhe salgar,
o que seria do sol
sem a sombra à descansar;

e a vida vai-se esvaindo,
e a morte é a dona do tempo
e as cinzas osculam o relento
mas, o poeta é de verve imortal.

O que seria do vento
sem as folhas do outono a voarem
o que seria de mim
sem a flor de açucena sorrindo;

e o amor não esvai-se com o tempo,
e o amor se é real vence a morte,
meu amor por você é intenso
mas, o teu sorriso é minha sorte.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Depois dos Horizontes Infernais é Onde Fica o Céu



O inferno é logo ali
não tenho pressa em chegar
vou vivenciar o meu céu
até o galo cantar
e quando a morte aportar
vou disparar pela noite
só pra fugir do açoite
que desfacela a carne
mas, o grito é do carma
então mantenho a calma
e transcendo minh’alma
por outros édens além
daquilo tudo que foi
e o que restar é amor
que sobrepuja a dor
que é que nem carrapato
e caleja o meu sapato
mas, sou aquilo que faço,
aquilo que penso,
aquilo que quero,
então quero a poesia
até o fim dos meus dias
e quero estar com você.


Jonas R. Sanches
Imagem: José Canelas

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O Poeta e a Açucena



Poeta em segredos transversos
gritados em poemas e versos
tão altos que acordam esse mundo
capenga, lenga-lenga, vagabundo

e a rota é o caminho estelar
que leva por vias siderais
para colher flores alienígenas
e fazer buquê ao meu grande amor.

Poeta em segredos contados
baixinhos em seu pé de ouvido
que é lindo de olor de açucena
que eu beijo quando está dormindo

e a rota é vereda incessante
que enleva à planetas distantes
de jardins vastos alienígenas
onde terminaremos nossas vidas;

onde seremos sementes...
Semente de açucena rara,
semente de poeta hereditário,
e florirão sóis à aquecerem corações.


Jonas R. Sanches

Caos Poético



O caos despenteou os meus cabelos,
madeixas poéticas e o pente é são,
a mente é sã, minha insensatez é literária;
é profusa, é confusa, obtusa, meu elã.

O vento despenteou os meus pensamentos,
madeixas ao relento de um tempo inócuo,
o consciente é inóspito, inconsciente lucidez
que é talvez, é perspicaz, é consequente.

O caos despenteou os cabelos do ancião,
madeixas de uma barba até o chão,
é chão de estrelas, caminhante do véu noturno;
indubitável, irascível, inominável, inconclusivo.

Estrelas são pelas noites dos poetas
e a lua é companheira, sua voz é prateada;
em noites nevoentas a voz é de trovões
estremecentes que ribombam entre clarões.

O caos organizando-se entrelinhas do poema
e a desorganização é proveniente à interpretação,
poetas são organizadores dos vislumbres
que os circundam em suas rotinas cotidianas.


Jonas R. Sanches
Imagem: Ismael Nery

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sobre o Canto dos Pássaros e as Asas dos Poetas



Eram múltiplos pássaros
e cada um era sua cor,
era cor de encanto nos seus cantos
invisíveis, maviosos e audíveis.

Eram infinitos pássaros
e em cada asa eram suas liberdades,
vou com os colibris em meus sonhos
vislumbramos além das cordilheiras.

Eram meus pássaros azuis
e cada um fulgia entre nuvens,
pássaros flamejantes de uma canção
que incendiavam os jardins babilônicos.

Gosto de pássaros e de poesias,
ambos são livres como as sensações,
ambos devaneiam pelas cantigas
e fazem da existência uma oração.

Cante pássaro singelo...
Cante a canção veludosa do meu amor
que como um pássaro se aninhou no meu coração
para contemplarmos juntos o infinito.


Jonas R. Sanches
Imagem: O Poeta e os Pássaros - Chagall

Dos Dizeres Sobre a Luz e a Treva



Foi à luz que era dia,
foi o dia a sã lucidez,
meu elã foi para a noite
que compôs-se no açoite;

de um herói por entre estrelas,
de um vilão de maldizeres,
d’algum épico sobre amores,
dum jardim de malmequeres.

Foi o olor que era feitiço,
foi da flor o olor mortiço,
mas o verso entreverso
foi além das entrelinhas;

e o poeta é sempre vivo
na essência da poesia,
que mergulha no absorto
e desperta em novo dia.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Sobre as Sementes de Papoilas e os Poetas Mortos nos Bares de Amsterdã



Sementes de papoilas em bares de Amsterdã
embriagando poetas mortos e borboletas,
Baudelaire bebendo chá com as donzelas
e um mendigo tocando gaita em um carrossel

explanando alguns versos junto a Rimbaud
que delira entre umbrais e jardins de fogo
cantando sobre o trinta e seis imortais da poesia
que se reuniam em um cemitério antigo no Japão.

Sementes de papoilas derramando ópio
e a mente é de vertente nevoenta
entre os anjos houve Augusto dos Anjos
que devaneava sóbrio as loucuras da vida

e Pessoa era Fernando, era Álvaro de Campos
e outras vezes foi Caieiro com seu vinho português;
foi a voz da poesia em sintonia com a morte
entre escritos vítreos em vitrais de Dantes infernais.


Jonas R. Sanches 
Imagem: Google

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Do Âmago das Crisálidas



Eram apenas lagartas
depois foram crisálidas
na sombra debaixo da folha
e, o tempo foi alquimista;

transmutou-as,
metamorfoseou-as,
transubstanciou-as,
natureza em sublime perfeição.

Agora são borboletas
carregando cores esdrúxulas,
milhares de borboletas
voando leves em meu jardim;

jardim de sonhos,
sonhos com cores de arco-íris,
cores de asas leves flutuantes,
borboletas sonham livres as nuances.

Agora são borboletas,
tons lilases exuberantes,
delicadeza e amenidade
em uma dança frenética de pureza.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

Sapiente



Sapiente é o sol
que não se demora a terra,
vai de hora em hemisfério,
de minuto em planisfério

sem se ocupar da guerra
que é visceral ao argumento
mas, se é sol é elemento
tão lunar quanto a quimera

que habita o pesadelo
mas, do próprio é o segredo
que liberta-se da fera,
que circunda nossa esfera,

copiosa e estrelada
e além da madrugada
onde a lua fez morada
plenilúnio em espera.


Jonas R. Sanches
Imagem: Christy Babrick

terça-feira, 7 de abril de 2015

Língua Materna



Minha língua linda portuguesa
sou amante dos teus estilos
literários, dos teus esguios
sotaques natos, sem embaraço;

sou de grito rouco e verso fino
que por ti estribilha, oh língua mãe;
portentosa flor do lácio, poesia
em ti devoro, sempre até amanhecer.

Tu deveras ser de ápices, contrastes
que não esmorecem no diáfano,
em teus verbos a tristeza é alegria,
em teus símbolos o silêncio é melodia;

oh maviosa voz que estremece
entre as letras e advérbios, provérbios,
adjetivos dos mais prudentes, latentes
que embelezam os versos na mente;

verso de poeta que valoriza a rima
dessa língua perfeitosa que é menina,
menina linda, menina língua materna
que, embevece os poetas nessa noite à taverna.


Jonas R. Sanches

segunda-feira, 6 de abril de 2015

A Música do Tempo



A música do tempo foi soando devagar
e a mente divagando devaneios pelo ar,
são sequelas de minutos de ampulhetas
de areias coloridas no deserto do planeta.

A música do tempo foi soando na trombeta
e os relógios matutinos despertaram sóis,
sequelas das manhãs onde morre o arrebol
e na pena com nanquim o poeta em si bemol.

A música do tempo arrastada pelo vento
nas janelas do horizonte onde a lua foi morar.
são sequelas das estrelas pela noite a brilharem
e nos olhos do asceta uma coruja a vigiar.

A música do tempo em versos sem estribilho
e o acorde então ecoa em mil anos de vazio,
poesias e sequelas que deitaram-se no rio
que carrega em suas águas as notas e um assovio.


Jonas R. Sanches
Imagem: Krasnaya Yagoda

sábado, 4 de abril de 2015

Onde Habita o Amanhecer



Vejo no horizonte a esperança
que surge com o novo sol
radiante e iridescente o arrebol
refletido no olhar d’uma criança;

criança que habita em mim,
criança que habita em você,
criança que habita em nós
na alvorada de um porvir melhor.

Vejo no horizonte cores luminescentes
a iluminar todos olhares, toda a gente
que labuta nessa senda interminável
em suas buscas de entender o inexplicável;

inexplicavelmente é a poesia
que habita o canto estridente do rouxinol,
que habita a seara das mãos calejadas,
que habita a guerra que há entre o bem e o mal.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Versos Esdrúxulos de Amor



Verbos de versos abruptos
versando ao coração incorrupto
composto do amor ininterrupto
que sinto por você.

Meu versejar é abstrato
mas, meu amor é o extrato
do sentimento do vizirato;
incorruptível o meu coração.

Falo do amor em letras esdrúxulas
pois, existe poeticidade nas moléculas
e, na caneta a alma de máculas
verseja como nós dois em um só.

Ah... Há a poesia... Há o amor...
Cumplicidade entre nossos lençóis
e, o nosso beijo ardente sela essa união
que é inquebrantável durante a eternidade.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Amo-te



O teu abraço é concentrado
e nossos corpos são um só
quando do beijo adocicado
e nossas almas dão-se um nó.

Amo-te tanto quanto a poesia
que na tua voz canta o verso lírico
e apropinqua nossos espíritos
para viverem os eternos dias.

Amo-te tanto quanto o ocaso
que rouba o sol mesmo que por acaso
e ilumina a noite do nosso querer
quando as estrela olham pra você.

O teu abraço é fervoroso
e nossos corpos fundem-se em um
quando do beijo que é carinhoso
e nossas almas embebem-se em rum.

Amo-te tanto quanto a luz da lua
que eu roubei e enfeitei sua rua
e a luz das estrelas nessa noite nua
foram iluminar dentro do coração.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google