De um céu de cores psicodélicas
um vislumbre da divina perfeição
que em poesia dispensa descrição
somente sentimentos ao coração.
De um céu entardecido em pigmentos
uma viagem aos cumes dos pensamentos
que se confrontam e questionam os porquês
dessas nuances que observo ao alvorecer.
E na lacuna do olhar um bucolismo
entrecortado em frestas lúcidas de lirismos
nascidos nos recônditos siderais
onde me pego vagando, nada mais.
E agora todos os tons se misturando
com os azuis tão magníficos dos seus olhos
que de soslaio acaricia o meu espírito
e inspira versos que me fazem sucumbir.
De um céu psicodélico resta a magia
que encanta os olhos no final do dia
quando de um pássaro o trinar é um prelúdio
daquela luz que quando em treva é o meu refúgio.
E nos campos de girassóis a trovoada
e um resto de fogo pinta a cena que já é plúmbea
mas, dos ventos sudoeste olores de vida
que vem preencher em perfumes mágicos meus versos.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Tara Miller
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