De um rasgo na malha do tempo
um minuto dos futuros ventos
por onde os Deuses vão assoprar
o bafo mortal de uma estrela quasar.
De um vulto entre o absoluto
e o nada que se antepara ao tudo
e do ventre desnudo do Todo
o laboratório genético da criação.
E a vontade é a semente tão fértil
que lançada e alçada no Cosmos
retorna em centelha de luz verdadeira
que comumente a vida é a procriação.
De um rasgo no ventre do mundo
surgem traços de algoz submundo
por onde a candeia tenta penetrar
mas, é espesso essa sombra assombrosa
e no caule da rosa a alma vai se machucar
e ferida no espinho da lida é resignação
que transpassa e desembaça essa escuridão
e agora são passos guiados à voz do coração.
E o poeta registra a aventura que perdura
no livro crepitante e errante das estrelas
e de sobremaneira é quase epopeia
mas, escrita durante eras, sem princípio nem final.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Boa tarde, Jonas. Eu fiquei até sem fôlego ao ler tanta profusão em beleza.
ResponderExcluirO poeta entrega a sua alma a contar cada passo, cada história, vivências e experiências no vasto Universo, onde muitas e novas são as surpresas, que saltam aos olhos.
Parabéns e beijos na alma!
Muito obrigado pelo apreço Patrícia...
ExcluirBeijos na Alma!