Da noite me despeço
com gosto de recesso
da estrela que se foi
e partiu meu coração.
Ao dia eu me apresento
com gosto renovado
do sol insuperável
que crepitou na minh’alma.
Do mundo um grito mudo
pedindo incoerências
e há nuvens abstratas
a vagarem na minha mente.
Da flor a sede infinita
com gosto de amanita
que mistura minhas cores
que eleva os sabores;
do beijo e do desejo
que dilui a moça nua
da face oculta da lua
e ainda há alguns ruídos.
Do pássaro um trinar
que acorda todo o porto
onde ancorei meu corpo
em olhar quase morto
ou, um vislumbre torto
nos passos da menina
que inflama e desatina
milhões de corações.
Da mente a poesia
trilhada em avarias
da minha insensatez;
do amor que a gente fez.
E o que resta é a aresta
do tempo carcomido
engolindo minhas memórias
e carregando todos os versos ao léu.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Park Harrison
Caro Jonas
ResponderExcluirFaz falta um poeta que fala tão bem do amor!Mais um poema apaixonado e apaixonante,sensual,romântico,maravilhoso.
Muitos parabéns.
Uma ótima semana
Um abraço da
Beatriz