Escrevo porque me apetece
e porque há insensatez
e não se importe às banalidades
pois, já não existem escrúpulos;
escrevo pois há o final do dia
e também há o fim da linha
da pipa, do trem, da vida,
e as abelhas colhem pólen nos jardins.
Escrevo porque caem folhas das árvores
e também voam pássaros coloridos
que compõem canções exóticas
durante as tardes bucólicas outonais
que remetem às poesias esquecidas
escritas ainda por penas e mãos cálidas
mas, não eram mãos iguais as minhas;
as minhas escrevem por necessidade.
Escrevo porque o sol aquece a tez
e porque a lua ama platonicamente
e chora todas as noites lágrimas de prata
e nas lagoas sapos coaxam solitários
e as estrelas assistem e volitam
por entre as letras esvoaçadas
que deixo escapar as vezes por distração
enquanto tento intitular alguns poemas.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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