Dos castelos desfeitos de areia
grãos perfeitos outrora solitários
desgastados à luz de calendários
entre histórias de mares ferozes
onde ondas quebravam algozes
sobre as barcas de velhos piratas
ou apenas em simples fragatas
que entre brumas eram solidão.
Dos castelos reais de Netuno
a magia de um plurimundo
povoando oceanos profundos
com sereias e imaginações
de parlendas de mil oferendas
dos meus sonhos luzindo ao farol
desfazendo-se nos corais do atol
relembrando risos do coração.
Dos castelos das minhas poesias
as muralhas de impávidos versos
onde sóis e luas são dispersos
nesse céu firmamento e arrebol
que carregam lembranças e crepúsculos
e enrijecem nas noites meus músculos
que carregam mundos de colossos
que aguardam as paixões de agosto.
Dos castelos do inconsciente
sensações tanto quanto frementes
refletidas e espalhadas aos dias
que passaram sem deixar vestígios
carregando insuflados litígios
que no tempo foram desgastando
todo vento que passou zunindo
pelas torres onde eu fui recluso.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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