Minha paz é real, mas quase escassa
entre incongruências nuas plasmáticas
que interferem quando eu assisto
o filme da vida e sou surpreendido
pelas cacetadas constantes das provações.
Meu verbo quase fatídico vocifera
e logo após se cala diante o caos
que se fez presente intensamente
nos dias onde eu adormeci sozinho
entre análises das coisas presentes.
Sou apenas um filho de um filho de um filho
e ainda não sou pai e nem avô e nem anjo
e minhas pestanas lacrimejadas ventam
todos os temporais e minha retina diáfana
já é tão plúmbea que não vejo o amanhã.
Não quero mais pensar e nem chorar estrelas
só quero a cura dessa clausura nesse mundo
que se apresenta e alimenta o meu sussurro
que é olvidado pelos exilados do coração
e, eu não quero mais morrer e nem nascer;
quero a transmutação e o ouro alquímico
que transbordou do cadinho do devaneio
e espalhou no espírito calamidades pueris
e lavou todas as sepulturas que dispersas
guardaram hermeticamente todos os meus eus.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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