Razoável talvez ou não;
apenas um empecilho tapando a luz
que insiste e resiste e existe
a irradiar as matrizes da criação.
E da união da escuridão
plasmando-se as sombrias vozes
os interlocutores uivam em catarses
pelas noites e pelas luas enfeitiçadas.
Razoável até e coerente
o trilhar e o ser entrelaçados
pelos caminhos e pelos sonhos
que alimentam o tempo do amanhã.
E da união das almas gêmeas
a fecundação da semente da vida
bebida no graal do cosmos
e diluída pelo éter e pelo sangue.
Razoável a ideia e a vivência
experienciadas às dualidades nuas
entrecortadas pelas evoluções contínuas
como a prosa interminável do universo.
Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Alex Grey
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