Vejo a luz de um sonho real
que flameja no escuro do espaço
refazendo certeiro meus passos
nessa senda de transfiguração.
E nos lidos cadernos antigos
refletidos venenos e antídotos
tão bebíveis e até mortíferos
ante a alma que segue fugaz.
É a vida eterna e nada mais
nessa lida contida nos frascos
nesse espírito estreitando laços
com o terreno e com o sublime.
E as coisas vividas exprimem
essa índole de paz adquirida
nas barganhas com seres etéreos
que libertam dos deletérios.
Vejo a luz de um sonho real
refletida no olhar dos espelhos
devaneios de fogo entremeio
as pupilas dos olhos vermelhos.
E no âmago uma sensação
tão intensa de libertação
dos grilhões das recordações
de outro tempo esvaído de mim.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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