Nos versos desprovidos de amor
apenas vazios malsãos inapropriados
e chega e ser caótico o olhar
que algures foi a foz do invulgar.
Apelo as letras apenas um sentimento
que não corroa o que inda resta de mim
e que possa preencher as lacunas
entre essas irrealidades tão reais.
Seria tão triste mas haveria sensações
entre o pranto e a busca incessante
por algum motivo que valha a pena,
por uma estrofe repleta de sonhos.
Seria tão triste como todos os paradoxos
que não carregam nenhuma significação
somente a poesia irracional e inefável
por onde decolam todas as analogias aladas.
Nos versos desprovidos de amor
uma natureza morta em preto e branco
que não possui nas vertentes acalanto
por onde possa o ancião tecer lembranças.
Apelo a morte que não ceife minhas letras
durante o ócio que impregna esse querer;
apelo a vida que não mate a fantasia
para o amanhã em tom fantástico renascer.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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