Corro ao amor quando recorro a minh’alma
nessa ressalva de sentimentos introvertidos
onde explode ao peito ilícito a solidão
de um eu lírico morto em pecado e devassidão.
Corro pelas vielas em busca dela às madrugadas
nesse talvez uma outra vez que calo o perjúrio
e no amanhecer no rosto frívolo, lágrimas e refúgio
de uma lembrança de frenesis onde adormeci.
Agora eu corro e já quase morro em nostalgia
daquelas vias frias de agonias alcoviteiras
perambulando em recordações e de sobremaneira
um aprendizado de um eu alado desmistificado.
E passaram penumbras inanimadas...
E passaram tempos moribundos e esquecimentos...
E passaram todas as vidas e todas as mortes
diante um vislumbre fugidio do meu olhar.
Então parei, então calei, então parti...
Então chorei, então amei, então morri...
E o que deixei foi a carcaça apodrecida
e alguns vestígios pragmáticos da minha lida.
E dos amores terrenos laços eternos espirituais
que carreguei no alforje junto a velha fotografia
daqueles dias, daquelas noites, daquelas vias
que deixaram-me alquebrado e com um olhar vazio.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Alchemy Sun Moon Fight
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