São todas as gasturas
de vidas já corroídas
nesse frenesi apocalíptico
onde aporto meu olhar elíptico.
São todas as vivências
dos cantos de clemência
nesse coro irreal afinado
regido pelo maestro já finado.
E a noite passa depressa
àqueles que já não tem pressa
de ver o sol queimar retinas
de ver o amanhã não chegar.
São gasturas da alma
que na poesia acalma
o sentir, o viver, o morrer
e a última linha versificada jaz.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário