Sereno como a noite eu versifico
e no âmago da dor me modifico
e o que vejo é quase diáfano
entre os espelhos e reflexos de mim.
Gelado como a morte é meu escrito
que flutua entre mundos transcritos
onde aporto o meu corpo e reflito
sobre as estrelas e sobre o coração.
E as flores pitorescas navegam mares
em caravelas solitárias espaciais
então contemplo o tempo do nunca mais
e vejo um universo dentro do olhar
do basilisco e dos feitiços já tão antigos
que eu carrego na algibeira junto comigo
e pelas novas rotas dos pensamentos
uma senda translúcida se apresenta.
Sereno como a noite eu versifico
e do ventre do amanhã nasce o amor
que desintegra a ferida e toda a dor
e o espírito se desprende de todo karma.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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