Tarde cinzenta,
sentimento em branco e preto,
todas as flores estão caladas
e meus pesadelos uivam.
Crepúsculo pesado,
céu plúmbeo,
não há cores na cordilheira
e as borboletas estão decepadas.
A noite chega frenética,
estrelas amarguradas,
sonhos despedaçados
alimentando cães famintos.
Madrugada ensolarada,
luas indigestas,
desejos inesperados
alimentando a consciência.
Tarde cinzenta
e são todos nossos pecados;
rios secos inanimados
e as escolhas são duvidosas.
Crepúsculo pesado,
olhares plúmbeos,
coração em branco e preto;
poetas, versos tão solitários.
A noite chega sorrateira
e o beijo é de mil mortes,
mil vidas alienadas
aos profundos medos comuns.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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