Eu e meus cachorros
sentados na calçada
vislumbres e latidos
desbravando a madrugada;
eu uivo e eles uivam
pela noite enluarada,
eu e meus amigos fiéis,
eu rosno no latido
a poesia vem comigo
e também o meu cão;
e chamo:
- Vem cá Sansão!
E a Bolinha com ciúmes
no cantinho late;
e o Sansão rebate:
Hoje é a noite do cão...
E eu acolho com carinho
a Bolinha e o Sansão.
E uivo junto dos cães...
Eu lato uma poesia
que no latido se desvia
e entorpece e adormece;
na paz da guarda dos cães.
Jonas
R. Sanches
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