E há a noite doente de estrelas
catapora cósmica de luzes
coçando o firmamento e arrebaldes
coçando a mente compulsiva.
E há a noite tão silenciosa
surdo-mudo o universo trágico
e é preciso vidência para contemplar
tudo aquilo que o poeta descreve.
E há a noite e uma coruja pia
curiangos esvoaçam a torre da catedral
e há a meia noite dividida;
repartida entre o bem e o mal.
E há a noite e plúmbeo é o firmamento,
no candelabro firmo a vela aos Orixás;
a guia no pescoço é abençoada
e os Guias que me protegem são Ciganos.
E há a noite e também os versos
insalubres às mentes subjacentes
e dos meus pecados são livros de julgamentos
mas, as flores do meu canteiro sou eu que cuido.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Alfred Hitchcock
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