Um céu tão pesado de chumbo
e há nuvens de escamas cinzentas
temporal é o que aparenta
Iansã ruge em voz de trovão
entre raios cortantes no espelho
entre as vozes dos meus Orixás.
Um céu plúmbeo tal qual a tristeza
e há nuvens molhadas no ar
enxurrada igual correnteza
Iemanjá navegando no mar
entre ondas e bafos de vento
entre as bênçãos dos meus Orixás.
Um céu obstante encharcado
e há nuvens debaixo dos pés
meu cavalo tem asas e chifres
Ogum vem assim cavalgar
entre monstros e rijos dragões
entre as espadas dos meus Orixás.
Um céu nato e um chão sertanejo
e há nuvens de poeira a assentar
minha estrada morre em outro plano
e os Ciganos a me acompanhar
entre rosas vermelhas e ouro
entre as riquezas dos meus Orixás.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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