Por quanto tempo eu já não sei sorrir
já não escondo minha insensatez
a minha alma então já quer partir
e as palavras escapam de mim.
Por quanto tempo a morte habita o corpo
e lá se esconde enquanto vou dormir
e tão esquiva quando encontro o sonho
ou quando a noite quer fugir de mim.
Por quanto tempo ainda a poesia
vive entrelinhas nos meus pesadelos
e a consciência inata é um novelo
que com seus versos vai até o fim.
Por quanto tempo eu já não sei sorrir
somente a cólera d’algum sentimento
e a voz ambígua não deixa-me dormir
então conto as estrelas em meu vão lamento.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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