Na volúpia de olvidar sua voz
de veludo e de olhar seu corpo
desnudo e belo como as cores
opacas de um amanhecer celeste
eu deliro e no ardor te miro
e te desejo mais que o alvorecer.
Na ternura do seu meigo olhar
de lápis-lazúli eu me perco
e em seu toque macio e quente
eu derreto e desfaço o pudor
que não faz parte do agora
e o tempo para pra você passar.
Menina qu’eu quero comigo
para o resto da vida contínua
e até a eternidade em verdade
poder planar nos seus cheiros
que invadem a alma que é calma
quando e somente estou contigo.
Então fique comigo mais uma vida
e eu te entregarei em penhor minha vida
que é tão curta e perene e lasciva
e, pela noite perdida te busca insensata
e te encontra nos sonhos pungentes
que perfuram minh’alma ao te encontrar.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: allinone
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