Vertigens da noite sonhada entre sóis
de luas desgastadas no meio da estrada
e uma luz prateada e olhar de soslaio
clareada por raio que surge doirado;
e a mente que urgente grita despercebida
e retumba ecoando no campo o som do trovão
que estremece e esvai-se no azul firmamento
com som de trombetas levados ao vento.
Vertigens do espírito que busca o infinito
de um todo entalhado no cosmos guardando
sementes de vida e de luz insurgente
que germina na gente que segue trilhando;
o caminho sozinho da alma liberta e guiada
que evolui e transpõe todos os obstáculos
e desprende da terra em fera desagrilhoada
e se guarda às madrugadas em febril tabernáculo.
Vertigem que invade meu dia e transborda
na orla do mundo entre ondas e maresias
letras arredondadas a formar poesias
de versos complacentes semeando alegrias.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Burton Holmes
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