Um céu que é um mar suspendido
planando destemido pela vastidão
e os peixes são sonhos reais e alados
nadando nas nuvens trocando a estação.
Um mar que é um céu derretido
banhando as infindas encostas
e os pássaros são barcos a deriva
aportando em longínquas respostas.
Florestas de poses nos galhos frondosos
e os escaravelhos zunindo são as orações
de um povo invisível que canta nas matas
zelando e lapidando no fundo dos corações.
Regando a paisagem a chuva regente e miúda
que é a mãe dessa bruma repleta de imaginação
que enche as mentes abertas de luz em ribalta
e transmite em palavras e versos pura sensação.
Agora é noite e transpassa as estrelas vermelhas
dos olhos de um curupira que grita seu uivo caipira
e amedronta o condado e o bicho caçado é só alegria
e um riso mateiro e matreiro completa a melodia.
Jonas
Rogerio Sanches
Imgem: OKEGAIA
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