domingo, 13 de janeiro de 2013

Quase de Manhã

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Do tudo o nada
e a chuva é mansa,
gotículas transparentes
e insípidas e inodoras.

Do amanhecer um sol
escondido nas nuvens,
maçantes e plúmbeas
e nevoentas e suspensas.

Do jardim o desabrochar
e o orvalho é doce
quando colhido em lençóis
por onde me entrelacei.

Raros pássaros em seresta
e trinares passageiros
o sino convoca a procissão,
a manhã é de domingo.

Um semblante vazio
e o poeta volta ao sono
na cama vazia saudade
no coração sentimentos reais.

E as coisas às vezes escapam
e se perdem nos ventos úmidos
que varrem todos os males
e agora é necessário a travessia.

É pena que esteja tão cansado
mas, na aurora o renascimento
das forças guardadas à noite
e um novo aprendizado foi transmitido.

Agora sou apenas uma emoção
de coração titubeante e voador,
assim eu navego sentimentos
e tenho tesouros sem preço material.

E na flor amanhecida recordo seu perfume...


Jonas Rogerio Sanches
Imagem: Google

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