Na viagem de acordes à flauta doce,
tão doce como o beijo das ninfas
que circundam meu ritual da natureza
que cantam as minha invocações elementais.
Na viagem tão cósmica e paradigmática
olvidei acordes celestiais e transcendentes
e o meu canto é um chamado mágico
de uma poesia feita aos guardiões do templo.
Cantarei a noite das duas luas sem fases
e na embocadura dos trompetes angelicais
eu gritarei ao sopro dos meus pulmões
e do norte virão os organistas das esferas.
Cante comigo silfos e salamandras
e espalhem a chama sagrada pelos céus
e carreguem os incensos até as estrelas
e carreguem meu espírito nas harmonias.
Na viagem acordes que despertam o ser
que habita no âmago de minh’alma
e no retorno uma sinfonia esdrúxula
regida pelos sonhos secretos de Poimandres.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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