Da tarde que passa da chuva
do sol tão calado e a brisa do lado
que passa e repassa as quatro estações
num vago momento e o vento se vai.
Da tarde o resquício aturdido
do ócio banido da estrela maior
que brilha ausente nas nuvens
e a luz que reflete são olhos do meu amor.
Da tarde já tão esvaída e colhida
aos botões de uma noite presente
que é a rosa silente soturna e brilhosa
que é mágica e reflete um vaga-lume.
Da tarde desfeita no derreter do sol
enquanto me encanto à luz do arrebol
brilhante o bastante para divagar
nos sonhos pulsantes de cara para o mar.
E nas pedras agora a prata da lua
e as sereias a entoarem seus cantos de amor...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Arrebol (Afterglow) by #Ikki#
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