Folha leve ao vento de flor
vai e carrega o pranto do amor
que a tardinha deixou-me e se foi
sereno e calmo a parir solidão.
Vai folha pétala branca de paz
fazer a verve de um homem sem lar
que jogou fora a dor do coração
e navegou nas águas límpidas do mar.
Folhas voando pelos sertões dessa lida
de solo seco e de semblantes gastos
buscando arrego em fugaz regaço
e um afago no olhar que partiu.
Faça seresta em brisa e farfalhar
que acalma as folhas e o vento soprando
tão triste a sina do amor sem amar
tão triste o peito tão só suspirando.
Folhas das rosas saudosas nostálgicas
de uma lembrança e de um beijo vazio
folhas em branco em malsãos devaneios
nas poesias das águas de um rio.
Jonas
Rogerio Sanches
Nenhum comentário:
Postar um comentário