Da prole de anjos poetas
os cânticos nus e abissais
que contam mortes e serestas
de um tempo que não voltará.
Mas foram vertidos cascatas
em sombras de asas de assombro
de um mundo bebendo fragatas
de um sonho por trás do biombo.
Cantaram amores e poesias
mas foram roubar dos dias
o sol e iluminaram estrelas
e pariram pirilampos ascetas.
E os voos em campos ceifados
eram rasantes polidas e letras
de ouro e de versos contidos
escritos pelas penas do arcanjo.
Eu vi e calei pranteando cometas
e os anjos tão convalescidos sorriram
e limparam as cordas da última lira
e devolveram o raios solares ao dia.
E foi a aurora nascida em tom angelical
resplandecendo toda
iridescência da luz
e as flores solitárias desabrocharam
e o orvalho eu recolhi em frascos de amor.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Apeldille
Nenhum comentário:
Postar um comentário