Passam os séculos como dias
Passa a vida sem pressa
E os transeuntes passam apressados
Com suas rotinas decapitadas
Passam aviões nas alturas toda hora
Passa um rastro de cometa quase nunca
No outro dia passou despercebido
E no amanhã não vai mais passar
Passam-me ideias poéticas às vezes
Que passo a lápis para o caderno
Passando a limpo todas as frases
Passam também principados e potestades
Passo meu cargo... Passo a vez
Faço um risco e passo embaixo
Risco o mundo com meus traços
E espero o tempo passar
Passou a dor... Da tristeza
E o sorriso passou para todos
E riram até rolarem as lágrimas
Desse passado irreal e hilário
Passei vidas incontáveis... Consertando
E errando... Começando novamente
Refazendo o passado... No presente
Repassando as imagens gravadas em mim
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário