São as mesmas tardes vazias
Entre um soluço e um susto
Descomunal às vezes
Tardes vazias de outono
São tardes em desalento
Eu e a pena... Também o vento
Carregando meus suspiros
Levando minha intolerância
Tardes vazias em tempo algum
Ou somente naquele tempo
Ou em todos os relógios do mundo
Tardes de outono sem cores
Ou cores já tardias e descoloridas
Nessas tardes vazias de amor
De pensamentos e saudades
Bucólicas tardes de outono
Onde planto vendavais
E varro todas as folhas secas
Para baixo daquela fogueira
Onde plantei sementes e lágrimas
Miseráveis tardes tão vazias
Sem nenhum chafariz para banhar-me
Sem nenhuma praça deserta
Onde poderia eu virar um pássaro
Tardes vazias repletas de murmúrios
Do lado de fora do espelho... O mundo
Onde o outono não repousa mais
Aonde escondi todas as rosas mortas
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
nossa, lindo!
ResponderExcluirParabéns pelo dom da palavra escrita.
sempre passarei por aqui, ok!?
um abraço!
Muito obrigado pelo apreço e pela visita Dora Alice, seja sempre bem vinda ao meu espaço...
ExcluirGrande abraço e uma ótima tarde!!