Busco me encontrar nesse caos intrínseco
Mesmo distante busco curar as feridas
Remediando o peito rechaçado e ofegante
Com poesias e sonhos inimagináveis
Busco suas mãos quentes e o seu afago
E você mesmo distante me consola
E escrevo até gastar meus dedos cansados
Deixando meus versos insossos com mais sabor
Busco respostas sobre a vida e a morte
Mas a eternidade se nega ao meu apelo
E se demonstra infinita e inexorável
Me deixando apenas vagas explicações
Busco essa luz que se manifesta em tudo
O Todo refletido em cada olhar de esperança
O bafo quente que sopra do ventre do mundo
Que enfático gravou novos caracteres irreconhecíveis
Busco a poesia perfeita e extravagante
Adiciono pitadas de eu mesmo no cadinho
E deixo as operações mágicas manifestarem-se
Nessa infinita metamorfose de palavras
Busco a vontade inabalável e plausível
E os artefatos sagrados do hierofante
A dama lunar me vigia em seu firmamento
E me impõe obstáculos e provações
Mas minha busca é sincera
E determinado vencerei as provas
E com o coração lapidado e puro
Receberei o galardão e a minha espada
Então as portas se abrirão... E a verdade jorrará intacta
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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