Vejo os tons da natureza em sua infinitude
Sinto os dons da natureza em sua plenitude
E a expansão cognitiva manifestada
Em açoites de ondas brutas nas falésias vazias
Vejo o grão minúsculo de vida e morte
Grãos nocivos da existência de cada um
Em seu começo, meio e fim eternos
Experimentando a essência do Sempiterno
Sinto essa brisa cósmica de ventos universais
Jorrar em fontes gigantescas e alegóricas
Onde forjam as espadas dos guerreiros arcanjos
E as efígies gastas pelos tempos idos se desfazem
Sinto que o caminho acabou de começar
E mesmo jovem estou cansado pelas vidas
Que me trouxeram até essas letras
Onde derramo as gotas de mercúrio de minh’alma
Sinto o frescor da chuva derradeira da estação
Lavar meu rosto marcado pelos sulcos da penúria
Vejo a história se passando, mas fico aqui sentado
Esperando algum cometa me arrebatar para as estrelas
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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