O domador e sua vida
A serem domadas as fases
Acentuada as crases
Amansada pelo chicote
O domador de caminhos
Inerte ao animal interno
Que feroz desgasta-se
Em sua prisão temporária
O domador e sua coragem
Enfrentando a besta dos tempos
Guardando a face ao vento
E a vitória não é mais tardia
O domador de sua vontade
Amarrado aos grilhões amargos
Do alvorecer gelado e vazio
Por onde aceitou palpites
O domador de almas
Carrasco de si mesmo
Caminhante de histórias
Percursor do verbo solitário
O domador da morte
Que descansa em seu leito
Frio e aconchegante
Esperando as portas se abrirem
Para domar os últimos passos
Para adentrar ao lado de fora
Fora da vida... Fora da morte
Fora de alcance... Dentro do universo
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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