Observo cabeças pensantes transitando
Também as não pensantes... Muitas mesmo
Observo o arvoredo passeando... Ali parado
Olhando a algazarra dos pardais gritões
Observo as mesmas cabeças agora paradas
E o arvoredo se abana de calor... Venta forte
Os não pensantes não veem nada disso... Vagueiam
Em suas rotinas vestindo camisetas suadas... Iguais
Observo o banco da praça ali sozinho... E me aconchego
Boa tarde ao arvoredo... Agradecido à sombra
E são tantos transeuntes... Carecas e invisíveis
Descalços e espirrando uma velha gripe... Hipnotizados
Eu o observador agora observado... Pelo cão sarnento
Faminto de carinho e de um almoço gentil... Olhar triste
E o pedaço de pão envelhecido... Agora me serviu
Foi o começo de uma nova amizade... Fiel amizade
Observo agora o cão sorrindo... Bebeu água da sarjeta
E o olhar distraído dos transeuntes... Nada notam
Celulares e rotinas... Atropelamento na esquina
Cansado eu me retiro do mundo... E volto à poesia
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Parabéns, Jonas!
ResponderExcluirGostei muito do seu blog!
Abraços
Muito obrigado Anna Lúcia!!
ExcluirAbraços e uma ótima semana!!