O som do trovão sagrado
Ecoou por anos-luz bradando
Em todo recôndito universal
E deixando seu verbo em semente
O som do trovão sagrado se calou
Diante tantas injustiças e maldades
Que aqui ele encontrou... Chorou
E o verbo se corroeu solitário esse dia
A alma do mundo também se corroeu
Sendo roída pela discórdia e a ganância
Mas espera calada sua ressurreição
E o mundo clama pelo renascimento
E eu clamo pelo entendimento
Pelo retorno do som do trovão
Pelo amor mútuo entre os povos
E grito pela alma do mundo
Grito até acabar minha voz
Pois meu coração também chora
E o que eu posso deixar são somente palavras
Que às vezes nem serão lidas
Mas a chuva sempre volta
E rega os campos de trigo
E o ouro já se foi junto aos reis
O que restou foi um recomeço
Somente esbocei um breve sorriso e morri em paz...
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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