Escondo-me às vezes desse verbo embrutecido
Torturado pelas falanges falantes... Inúteis
Silencio diante dessas pitorescas vontades nuas
Dos escritos ressuscitados nos livros de papel jornal
Escondo-me às vezes desse mundo judiado
Deteriorado pelas ganâncias pútridas... Do homem
Calo-me diante dessas nuances sórdidas
Das cores opacas e distorcidas pela noite
Escondo-me às vezes desse sol que repele
O fogo consumidor de mentes e pensamentos
Recolho-me à sombra de um deserto noturno
Onde os pecados foram mutilados... Decepados
Escondo-me às vezes do meu próprio eu
Castigado pelas dores incessantes... Contidas
Mergulho nesse poço de incertezas viris
Onde as respostas são apenas palavras vãs
Escondo minhas mãos e meus sonhos
Desfaleço em mares de fúria ardente
Afogo-me nas águas versificadas da poesia
E deixo uma marca indelével na face oculta da lua
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Maravilhoso poema, Jonas...
ResponderExcluirTenha um excelente dia, com muito amor!!
Beijos!♥
Grato pelo apreço e pela visita Mari... Abraços e boa tarde!!
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