Metamorfoseio-me nessa crisálida mundo
Onde pago meus pecados de outrem
Uma constante dúvida de vida em vida
Submisso aos vícios da delicada carne
Transmuto-me a cada palavra ouvida
A cada palavra proferida e elaborada
Nesse incerto mundo de deslizes
Onde o purgatório se fez presente
Refino-me em muitos aspectos
A percepção já não é a mesma
As ideias se aglutinam ordenadas
E os sentidos se aperfeiçoam
Flagelo-me ante a fraqueza diária
Que assola o corpo limitado e fraco
Que já não consegue reter minh’alma
Então provo dos manjares celestes da sabedoria
Mas guardo-a em meus recônditos secretos
E faço dela meu archote nesse mundo trevoso
Onde a ilusão comanda os corações profanos
Mas o adepto segue inabalável em sua busca
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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