Nas espáduas do tempo uma agra saudade
enquanto o vento soluça na fronde do angico
e o sabiá estridula nas margens do lago
onde brota a açucena embelezando o cerrado.
Nos caminhos ensombrados, minha lida;
enquanto há a formosura da pétala e a brisa
que sussurra nos ouvidos do mar colossal
a cingir em luz verde as areias d’algum atol.
Nos vestígios da alma augusta, certa paz
que vislumbra e destila lágrimas de sóis
em cadinhos esguios, tintura dos arrebóis
de um sertão exaurido de céu mavioso .
No silêncio dos rios a beleza dos vales profundos
que escondem as flores e o beijo dos colibris
borboleteando entre ramos e inspirações
que o poeta semeia em seu ramo de verso infeliz.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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