Do amor a dor em um segundo
pelas palavras duras da despedida
ou apenas por um não querer
desfazendo os planos de viver.
Corações que vem e vão sorrateiros
por entre os caminhos tortuosos
e na chaga a recordação já turva
e os olhares tão nevoentos nas brumas.
Do amor à dor da lida e um ferimento,
e um pranto e um lamento calado
ou tão sussurrado que grita infecto
e ensurdece os vizires e os desafetos.
Corações fragmentados soturnamente
por entre os caminhos que se desviam
do intelecto, do retrospecto, do beijo
que deixou um gosto ranço de tristeza.
Do amor pela vida onde a dor fez guarida
e arrebatou o sol em um sexto de estrelas
e engoliu as perspectivas de um abraço
que aqueceria a alma desavisada do mundo.
Corações desnorteados e tão solidificados
pela ação do tempo, pelo olhar do vento
que desgasta os ossos dessa carcaça
que sem carapaça reflete o ápice do sentir.
E da dor do amor um breve sorriso opaco
e um naco de condolências engarrafadas
que amenizam entre um gole e outro
aquelas nostálgicas e fugazes recordações.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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