Parte de mim é escrita
que é alma nua que grita
e palavras assim regurgita
nas páginas de um existir.
Parte de mim quer partir
e é a alma ansiando liberdade
outra parte é a pura verdade
nas páginas das calamidades.
Parte de mim é magia
outra é a alma que recria
nos caminhos de Ourobouros
o mesmo final e o mesmo início.
Partes que partem de mim
e retornam em asas polidas
revoadas gritadas de vidas
pelas nuvens de um amanhecer.
Partes das partes dessa poesia
dividida e juntada em alegorias
tão metafóricas ao ininteligível
tão vazias de luzes e de alegrias.
Partes paridas no ventre do espaço
derramadas de estrelas azuis
entre o tempo e a pedra que reluz
na cajado e na cruz do iniciado.
Partes da história esquecida
relembradas ou inanimadas
de mil mortes ressuscitadas
nesse caminho eterno de alegações.
Parte que eu também partirei
e ao meu âmago retornarei
em introspecto pelas entranhas
para com os anjos ter uma barganha.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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