Em cada sol que nasce
nas entranhas anímicas
dos dias que olho o mundo
e observo essa transmutação
que desfaz e faz o todo
e recomeça tudo de novo
o que foi velho e renasceu
nas florestas dos Pirineus
ou na alcova de uma mucama
ou até talvez na sua cama
onde entrelaçamos nossos orvalhos
e chovemos um no outro
um prazer que rega a vida
que é tão entorpecida
desses beijos venenosos
que despertam o querer
que assanham meu viver
para em ti sobreviver
nem que seja na lembrança
de uma dança de infância
que esquecerei jamais
e o resto tanto faz
pois se o mundo acabar
o meu amor ainda vai restar.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário