O poeta mesmo sendo ser alado
vive no mundo aprisionado
e nas madrugadas agrilhoado
pelos sentimentos, pelas solidões.
O poeta mesmo sendo ser alado
vive algures os dias torturado
e nas noites frias tão assombrado
pelos sentimentos, pelas paixões.
Ah o poeta que alado voa universos
mas fica engaiolado em seus versos
tentando da vida se libertar
querendo sentir, querendo amar.
Ah o poeta que alado voa pelas paragens
mas fica preso as engrenagens
entremeio a esse vai e vem
querendo sentir, querendo alguém
com quem possa por entre nuvens
galgar os sonhos e as fantasias
roubar das noites a luz do dia
e nas estrelas nu adormecer
mas, como é ingrato o seu viver
por entre as linhas de um caderno
em seu coração que é puro inverno
esperando algum verão como estação.
Jonas
Rogerio Sanches
Nenhum comentário:
Postar um comentário