Inconstância de sentimentos
e os flagelos me dilaceram
a alma, o corpo e a mente
e são paradigmas pungentes.
Inconstância nos dias passageiros
e o caminhar é pelas brumas noturnas
a observar o próprio âmago, certeiro;
e o que é visto é segredado a si mesmo.
Serpenteantes luzes bruxuleantes
a rondar meus sonhos e meus sentidos
e os olores das flores matutinas inquietam
o meu coração que é sem chão as vezes.
Inconstantes olhares no seu olhar
e o agora é pouco e quase um nunca mais
então entrego ao destino o amanhã
e contemplo-te mesmo sem poder tocar-te.
E uma sensação constante essa inconstância
que na hora do crepúsculo arrebata-me daqui
e rouba-me o sorriso, extinguindo meu sentir
e o que fica são apenas memórias envelhecidas.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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