Dos tantos momentos vividos
ensinamentos são colhidos
e fazem do peito um abrigo
reservado em paz no coração.
Momentos de ventos zunindo
e ouvidos atentos ao mundo
que canta de forma velada
os mistérios da minha jornada.
Vivências repletas e entardecidas
entre olhares de flores contorcidas
ou apenas o espinho do caule desnudo
de uma rosa vermelha que estudo.
E os jardins já ocultam parlendas
de uma infância regada de estrelas
de cirandas de tempos infinitos
que cantavam amores e mitos.
Calejadas agora minhas mãos
de canetas e penas e letras
que na campa riscavam borboletas
passeando onde jaz um alguém.
E nas árvores brotadas do além
nobres cânticos raros canoros
contrastando ao som de um choro
por aqueles que um dia partiram.
Vejo em todos ímpares universos
que inspiram-me em cada verso
de amor, alegria ou tristeza
que contemplo pela natureza.
E dos tantos momentos vividos
restam sussurros e alaridos
e o tic-tac do relógio da eternidade
que conta meus dias sem misericórdia.
Jonas
Rogerio Sanches
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