Já é quase madrugada
de outono colorido
e a saudade da amada
só desola meu abrigo.
Já é quase madrugada
e as estrelas companheiras
ao olhar lá na sacada
a mirar a cordilheira.
Já é quase madrugada
e o poeta solitário
pelos versos centenários
espera pela alvorada.
Já é quase madrugada
e os relógios em silêncio
contam doze badaladas
de um coração imenso.
Já é quase madrugada
e no peito é solidão
já rolaram tantas lágrimas
que agora é sequidão.
Já é quase madrugada
e distante minha amada
sussurra verso ao vento
pra amainar o meu lamento.
E eu aqui acolho todos
os poemas tão noturnos
e a eles junto rogos
dos sentidos mais profundos.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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