De um sufrágio calado
um grito alado na planície
e há uma mesmice
mestiça às labaredas
que flagelam e sequelam
campos de alfazema
e eu vejo no emblema do sol
o fogo-fátuo do arrebol.
De um sufrágio calado
um dilema vociferado
em estado inanimado
quase que em letargia
e é a escuridão da luz do dia
eclipsada e devorada aos nacos
e há intrigantes olhares
e há um copo de vinho envenenado.
Dos meus sufrágios insanos siderais
apenas luares paradoxais
e um uivo de um lobo malhado
nos campos de mato cerrado
e no descampado a chama viva
que ameniza e deteriora a paz
que é sonho de criança, nada mais;
entre essas guerras de motivos irreais.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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