Das letras grafadas a sangue
nos papiros amarelados da vida
uma história de dor, de amor e magia
escrita e lida no ápice da noite dos dias.
E foram caminhos por onde passei
que narrei copiando dos sonhos
e foi quando eu parti e segui a senda
e foram aceitas as minhas oferendas.
Das letras grafadas a sangue
que escorria dos meu ferimentos
uma poesia cigana distante já ida
que agarrei da inspiração despertada.
E foram dias e noites de rituais
e meus olhos brilharam e ofuscaram o mal
que outrora conheci nos livros velhos
agora é a luz que paira bruxuleante em mim.
Das letras grafadas a sangue
uma escolha oculta entrelinhas
e as chuvas lavaram minha alma
e os incensos purificaram meus pulmões.
E todos os desejos foram carregados
enquanto meus olhos vertiam lágrimas
e as portas agora abertas eram temerosas
mas na busca incessante colherei rosas.
Das letras grafadas a sangue
vestígios de um sonho cigano
que contaram vidas que vivi
que velaram mortes que morri;
e no amanhecer um tristeza
e uma nostalgia rasgou o peito
pois, somente ficaram recordações
e continuarei pelas vias destinadas a mim.
Jonas
Rogerio Sanches
Imagem: Google
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