Sulquei a terra e ali plantei
sonhos, sangue e lágrimas;
depois de um tempo eu colhi
mil flores de cores áridas.
Semeaduras de almas inocentes
onde o amor foi a semente,
onde a dor foi o adubo
que fez crescer perdão na gente.
Terras de arados tão febris
que alimentam paixões pueris
que atormentam o trovador
que resolveu morrer de amor.
Terras plantadas, flor que condiz
na madrugada seu olor matiz,
noite enluarada e uma cicatriz
no peito que mata o amor motriz.
Plantei meu sangue pelos terreiros
desse sertão tão meu, brasileiro;
colhi meus sonhos tão inconsequentes
e fui feliz amando a minha gente.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Google
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