Terrores que sondam a noite gelada
e a espada sombria vigia assustada
ao som de uma poesia vazia e azulada
como os olhos de um deus desconhecido.
Sons raros e bizarros das bocas da noite
e a fome de sonhos devora os famintos
que vagam com a morte funesta e o açoite
que estrala e resvala a beira do precipício.
São versos inusitados e aterrorizantes
versados em longínquos pensamentos
por um poeta da mesma estirpe de Dante
ou apenas são sussurros levados ao vento.
São versos terríveis que assolam os filhos
que em berços de ouro e em sono tranquilo
transformam os sonhos em reais pesadelos
e as quimeras da vida são ossos dos medos.
Poeta que grita à noite voraz e absurda
que repousa em estrelas lilases e surdas
ou apenas a insônia de um mundo perdido
que gira e que gira do tempo fugindo.
Terrores que sondam os versos da noite
e, a noite da alma é o verso da dor ocultista
que vibra regendo a música do cosmos
em notas que denotam em um poeta eremita.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Édipo y la Esfinge - Gustave Moreau
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