quinta-feira, 24 de abril de 2014

De um Sonho Qualquer

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Nas recordações de Seiko ainda a lâmina de sua espada pingava sangue, as imagens em sua mente ainda vívidas lhe enchiam as narinas com o olor da morte.
Voltou a si e continuou pela estrada escura, no ar gelado de inverno um perfume adocicado das flores das cerejeiras e uma silhueta no horizonte distinguia o Monte Fuji, sua respiração era pesada e ofegante, mas, no seu espírito vigorava uma sensação agradável de satisfação; o duelo fora vencido e nos primeiros raios da aurora tornar-se-ia samurai.
Já avistava ao longe as bruxuleantes luzes que clareavam alguns pontos da aldeia, quando de repente sentiu uma flecha atravessar seu dorso, sem saber quem lhe havia atacado, caiu de joelhos na neve que cobria a estrada, olhou-a tingida de vermelho, teve um vislumbre de todo seu caminho e num instante antes da morte, acordou com o barulho do despertador ao lado de sua cama; já era sete horas da manhã.


Jonas R. Sanches
Imagem: Google

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